Do Comércio Clássico ao Empreendedorismo Digital
O processo que nos trouxe ao empreendedorismo digital foi longo. Nos primórdios da nossa sociedade mercantilista tínhamos o formato clássico do Comerciante que usualmente ficava esperando a vinda até ao seu estabelecimento comercial ou ao seu entre posto dos consumidores e dos seus fornecedores.
A ampliação e modernização dos meios de transporte, comunicação, estruturação e formatação do sistema financeiro-bancário em âmbito global ocorridos no começo do século passado, induziram mudanças de expectativas e exigências em termos de padrões de qualidade e variedade dos produtos e serviços disponíveis, em decorrência de alterações no perfil do consumidor, das famílias e das relações sociais e empresariais como um todo.
Atualmente para se ter sucesso no mundo dos negócios já não basta apenas ter recursos financeiros para se conseguir lograr sucesso, uma vez que os ventos transformadores decorrentes da I e da II Grande Guerra Mundial, sopraram e inspiraram novos paradigmas na esfera geopolítica, em função dos players que encabeçam a hegemonia econômica mundial. Isto fez emergir uma geração dotada de mais estudos e conhecimentos académicos que impactaram de forma determinante no modelo administrativo no mundo corporativo.
A criação de novas universidades e o aumento do leque de cursos de graduação, contribuiu para o surgimento de análises metodológicas com respaldo técnico-científico, que foram aplicadas ao mundo dos negócios decorrendo no surgimento de um novo personagem neste contexto, “O Empreendedor”.
O sentimento de inquietude e inconformismo evidenciado em nossa sociedade e o advento das novas ferramentas tecnológicas, induziu no consumidor um anseio da renovação das suas expectativas e exigências sensórias.
A inovação tecnológica, acarretou mudanças sociológicas e antropológicas, estas alterações foram rapidamente absorvidas, captadas e compreendidas pelos “Novos Conquistadores”, “Os Empreendedores Digitais”.
Após essa rápida viagem na linha do tempo chegámos à nossa realidade atual, onde as formas de se fazer negócio obrigam aqueles que adentram no mundo corporativo a se adaptar. Lembremos que isso de fato na história da economia e das finanças não significa nenhuma novidade. Ou se atualiza ou “morre”. É a lei da Selva nos Negócios. Simples assim.
Startups, Minimalismos, Disrupção
Estes e outros termos são oriundos dos mesmos ventos que sinalizam novas formas de se fazer negócio. Em geral possuem uma forte base tecnológica embarcada em cada iniciativa.
Temos algumas marcas que personalizam de forma emblemática para o mundo corporativo, alguns exemplos inquestionáveis dos novos tempos que o Empreendedorismo Digital nos proporciona: UBER, TINDER, WHATSAPP, TESLA, FACEBOOK, INSTAGRAN, SKYPE, AIRBNB, LINKEDIN, AMAZOM, ALIEXPRESS e outras.
A lógica dos relacionamentos interpessoais de hoje em todos os níveis são sensivelmente diferentes da forma que se davam a 30 anos atrás, apenas a 30 anos atrás, não mais que isso. Neste curto espaço de tempo muitos dos leitores e leitoras deste artigo estão fazendo os seus mestrados e doutoramentos e iniciaram a sua formação acadêmica em uma outra realidade mercadológica.
Esse fato faz acender uma luz vermelha a respeito da necessidade de atualização da forma de compreensão com base nas alterações surgidas no mundo corporativo, “Como Comprar, Como Vender, Como Interagir e Como Entregar”, qual deve ser a conduta frente aos novos desafios que ora se apresentam onde temos diversas profissões que estão simplesmente desaparecendo.
As stratup’s são as respostas apresentadas pela geração dos Empreendedores Digitais que estão adentrando ao mercado, mas é importante que as gerações que nasceram no mundo das conexões, do hdmi, do wi-fi, do hub, da usb, do 4G e por aí vai, consigam estabelecer uma “CONEXÃO” com as gerações anteriores, para que a sociedade possa se sentir agraciada e contemplada com as possibilidades decorrentes do processo tecnológico, para que os benefícios produzidos não gere um processo exclusão.
Os termos disruptivo e minimalismo, cada um com suas características específicas, refletem de forma irrevogável uma tendência presente de forma globalizada na busca de soluções para problemas e realidades sócio – ambientais e mercadológicas. Ora os app’s e as stratup’s, simplificam e barateiam de uma forma inimaginável as comunicações, as formas de comprar e vender produtos e serviços de forma geral.
A praticidade distinguida por essas novas ferramentas tecnológicas se caracterizam pelos termos comuns nos tempos de hoje, como MINIMALISMO. O DISRUPTIVO é justamente essa possibilidade de cisão com o tradicional, o convencional, o que era tido como inatingível, inviolável, irrevogável e inexorável.
Neste pacote de segmentos empresariais que estão sendo afetados, cito apenas alguns:
– Telecomunicações
– Transporte
– Automotivo
– Seguradoras
– Alimentação
– Saúde e Educação
– Direito e outras mais.
Concluo fazendo um alerta aos empresários que empreenderam de forma tradicional ao longo dos anos e não compreendem e não aceitam as novas regras impostas pela economia de mercado.
Em razão da necessidade de sobrevivência comercial é preciso que se faça atualização dos processos e a extinção de outros, do contrário nada mais é que “dinheiro jogado fora”.
As mudanças e transformações fazem parte da realidade da humanidade desde sempre, isso todos sabemos, o que faz com que muitos fiquem atordoados de fato é a velocidade de transformação dos processos neste mundo globalizado.
Se você empresário quer sobreviver a celeridade dos processos de transformação, as possibilidades são poucas, ou você se reinventa, ou mude de ramo de atividade. Pode ser que seu ramo de atividade, ou a sua profissão estejam com os dias contados esperando só que chegue o anúncio que acabou. Sugestão de amigo, se antecipe antes da chegada de que o seu mundo acabou.
Normando Vitorino
CEO
IDH Consultoria & Negócios
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